A queda de cabelo é um problema incômodo que acaba por acometer boa parte das pessoas em algum momento da vida.
É importante conseguir distinguir a queda de cabelo temporária e causada, geralmente, por fatores controláveis, chamada de eflúvio telógeno, e a queda decorrente de condições como alopecia androgenética ou areata.
O eflúvio telógeno manifesta-se com uma queda acima de 100 fios por dia, que é a considerada normal, e com incidência difusa no couro cabeludo, sendo mais visível ao lavar os cabelos ou penteá-los.
8 cuidados que ajudam a prevenir a queda de cabelo
Apesar do receio em relação à queda de cabelo, é possível adotar algumas práticas diárias para minimizar as chances dessa ocorrência. Conheça as principais a seguir.
1. Alimentação
Um ponto fundamental à saúde capilar é ter uma boa alimentação, pois é por meio da ingestão de alimentos nutritivos que o organismo terá acesso às vitaminas, proteínas e sais minerais necessários.
Um aspecto importante é que produtos tópicos não são capazes de nutrir o cabelo no sentido clínico.
A reserva de nutrientes depende, invariavelmente, da alimentação. Dessa forma, ela deve priorizar opções naturais, como frutas, verduras, legumes, grãos, oleaginosas, óleos saudáveis, carnes magras e peixes.
Também será importante reduzir opções menos saudáveis, como ultraprocessados, açúcares, sódio, gorduras trans e bebidas alcóolicas.
2. Bem-estar
Não é possível, de todo, controlar condições como estresse, ansiedade e depressão, mas elas estão associadas aos quadros de queda de cabelo por eflúvio telógeno.
Dessa forma, é importante buscar a promoção e manutenção do bem-estar. Nos casos de estresse, é viável, por exemplo, incorporar à rotina exercícios físicos, tempo de descanso e momentos de lazer.
No caso de depressão e ansiedade, o suporte médico especializado é fundamental para definição do tratamento e melhora da qualidade de vida e bem-estar do paciente, amenizando sintomas associados a esses quadros, entre eles, a queda de cabelo.
3. Higienização dos cabelos
A higienização capilar é um cuidado importante na rotina e deve ser adequada às necessidades individuais.
Pessoas com cabelos mais secos, por exemplo, podem ter uma rotina de higienização mais espaçada, como de uma a duas vezes na semana.
Já pessoas com couro cabeludo oleoso ou com dermatite podem ter que lavar os fios diariamente ou com intervalos de apenas um dia.
Além da frequência que deve ser adequada ao tipo de cabelo, é fundamental que os produtos sejam apropriados às características do fio.
4. Reduzir a tração dos fios
A queda de cabelo por tração é uma possibilidade para pessoas que mantêm os fios muito tracionados por longos períodos.
Na literatura médica, esses quadros são mais frequentes em cabelos afros em decorrência de penteados tradicionais, como as tranças.
Dessa forma, é importante que tais penteados sejam intercalados com períodos de cabelo solto, evitando danos ao couro cabeludo.
A ocorrência também pode ser mais comum em algumas profissões nas quais os cabelos ficam presos por longos períodos, como bailarinas, aeromoças e outras.
5. Intervalo entre procedimentos químicos
A realização excessiva de procedimentos químicos está relacionada ao enfraquecimento da haste capilar e prejuízos à saúde do fio que podem levar à queda de cabelo.
Considerando isso, é importante espaçar os tratamentos realizados para garantir um tempo para restauração do fio antes de um novo procedimento.
Também é indicado adotar alguns cuidados, como a hidratação do fio ou o cronograma capilar, entre os procedimentos químicos.
6. Atenção ao couro cabeludo
A saúde do couro cabeludo está diretamente associada à prevenção de quadros de queda de cabelo.
Nesse sentido, é importante atentar-se ao couro cabeludo para verificar se há alguma alteração como dermatite, psoríase, micose ou outras.
Entre os sintomas que podem ser identificados incluem-se queda de cabelo, coceira, vermelhidão, descamação e feridas.
No caso de doenças crônicas, como a dermatite seborreica, os cuidados com o couro cabeludo devem ser contínuos para reduzir as chances de queda.
7. Suplementação apenas quando prescrito
Muitas pessoas fazem suplementação sem orientação especializada, de forma que os possíveis benefícios são perdidos em decorrência de quadros de hipervitaminose.
O excesso de vitaminas pode resultar em quadros de queda de cabelo, mas também sintomas como náuseas, vômitos, problemas digestivos e aumento da pressão arterial.
Com isso, a suplementação de vitaminas e outros nutrientes só deve
ser realizada com prescrição de médico ou nutricionista após a devida avaliação.
8. Buscar médico especialista quando necessário
Quando se identifica a queda de cabelo é comum buscar por soluções caseiras ou até mesmo automedicação.
Entretanto, sem conhecer com clareza quais são as causas do problema, essas práticas não vão surtir o resultado desejado e podem, até mesmo, agravar o quadro.
Sendo assim, quadros de queda de cabelo devem ser investigados e diagnosticados por um médico especialista viabilizando um tratamento mais adequado e efetivo.