Ana Cláudia Flor foi presa em Cuiabá no Mato Grosso após ficar mais de um ano pedindo justiça pela morte do marido que ela mesmo mandou matar.
O marido da mulher, Toni Flor, de 37 anos, foi assassinado no dia 11 de agosto de 2020. Ele levou cinco tiros quando chegava numa academia.
Depois da morte de Toni, a mulher deu entrevistas repetindo a versão do crime por engano. E começou a frequentar a casa da mãe dele. “No dia do meu aniversário, ela veio de tardezinha e falou: pensou que eu esqueci da senhora? Cantou parabéns pra mim”, relatou Leonice da Silva Flor, mãe da vítima.
Além disso, a mulher organizou uma carreata em homenagem ao marido. “Vou ficar cobrando uma solução!”, disse a viúva, na ocasião. E mandou fazer mais de 100 camisetas para amigos e familiares – ainda restam algumas delas.
Conforme o delegado do caso, quase toda semana a viúva ia à delegacia. “Ela sempre queria saber se havia suspeito. Era sempre essa pergunta: ‘Já tem suspeito?’”, disse Oliveira.
Ana Cláudia e Toni estavam casados há 15 anos. Mas segundo parentes dele, a relação sempre foi muito tensa
No dia 11 de agosto de 2021, exatamente um ano depois do crime, um homem identificado como Igor Espinosa foi preso em Cuiabá após uma denúncia anônima, na delegacia Igor confessou que a mulher pagou 60 mil para ele matar o marido dela.
Quando Igor chegou à delegacia, a viúva de Toni estava lá. Depois, em conversa com um namorado, Ana Cláudia se mostrou preocupada. “Vai sobrar pra mim”, disse ela em uma ligação gravada pela polícia.
A mulher foi presa no dia 19 de agosto e nega que tenha mandado matar o marido.
De acordo com a família, Toni tinha montado uma empresa e estava lucrando R $50 mil por mês e estava determinado a se separar da mulher e que a partilha de bens foi o motivo da mulher ter mandado matar o marido.