SSP-BA divulga cinco dos criminosos mais perigosos da Bahia

SSP-BA amplia o 'Baralho do Crime' com cinco dos criminosos mais perigosos da Bahia

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) anunciou neste sábado (2) uma atualização no seu emblemático “Baralho do Crime”, ferramenta que busca envolver a população na identificação e captura dos criminosos mais perigosos do estado. A nova atualização inclui cinco foragidos acusados de crimes violentos, como homicídios, tráfico de drogas, associação criminosa, tortura e porte ilegal de armas.

A medida reforça a busca da SSP-BA para localizar e deter criminosos que apresentam alto risco à segurança pública, promovendo um canal direto entre o poder público e a população. “O Baralho do Crime é uma ferramenta estratégica que facilita o acesso da população às informações dos criminosos mais procurados, ajudando a polícia na identificação e na captura desses indivíduos”, destacou a SSP-BA em nota oficial.

Novos nomes entre os mais procurados

A atualização do baralho inclui cinco novos indivíduos, com histórico de crimes que vão desde execuções violentas a operações de tráfico. Abaixo, detalhamos o perfil de cada um deles, com base nas informações fornecidas pela SSP-BA.

Diego Barreto da Silva, o ‘Diego Cigano’

Diego Barreto da Silva ( Foto: Arquivos Mundial )

Diego Barreto da Silva, conhecido como “Diego Cigano”, figura entre os criminosos mais violentos do estado. Ele é apontado como um dos responsáveis por uma série de chacinas e execuções com motivações de vingança. Entre as acusações contra ele está a participação em uma chacina que vitimou quatro ciganos em Feira de Santana, em agosto de 2023. Apenas dois meses depois, em outubro, ele teria sido responsável pela morte de Iomar Barreto Cabral, um cigano de Rafael Jambeiro. Além disso, ele ordenou o assassinato de seis familiares de Iomar na cidade de Jequié.

Na residência de Diego, a polícia encontrou armas de fogo que, após perícia, foram confirmadas como as mesmas utilizadas nos crimes. A SSP-BA aponta que Diego Cigano vinha coordenando esses atos de forma meticulosa, com intuito claro de retaliação e afirmação de controle, em um contexto de disputas internas entre grupos rivais da comunidade cigana.

Leandro Salvador Melo, o ‘Dodô’, e Gilmar Souza da Silva, o ‘Vaqueiro’

Leandro Salvador Melo ( Foto : Arquivos Mundial )

Leandro Salvador Melo, conhecido como “Dodô”, e Gilmar Souza da Silva, o “Vaqueiro”, são conhecidos traficantes da região de Paulo Afonso e ocupam posições importantes no baralho devido ao comando que exerciam sobre o tráfico de drogas. Mesmo enquanto estavam presos no Conjunto Penal de Paulo Afonso, ambos conseguiam coordenar as operações de comércio de entorpecentes no Bairro BTN, região marcada pela violência associada ao tráfico.

Gilmar Souza da Silva ( Foto : Arquivos Mundial )

Em junho de 2023, ambos fugiram do sistema penitenciário e desde então estão foragidos, reforçando a liderança sobre o tráfico na cidade e exercendo um sistema de “justiça” próprio, em que eram ordenadas execuções de quem estivesse em dívida ou causasse qualquer tipo de prejuízo ao tráfico local. A SSP-BA ainda salienta que “Dodô” e “Vaqueiro” fazem parte de um dos grupos que mais ameaça a estabilidade na região.

Fábio Maciel da Silva, o ‘Galo Preto’

Fábio Maciel da Silva ( Foto: Arquivos Mundial )

Outro nome agora incluído no “Baralho do Crime” é Fábio Maciel da Silva, conhecido como “Galo” ou “Galo Preto”, apontado pela SSP-BA como líder de uma organização criminosa que atua em diversos bairros de Salvador, incluindo Tancredo Neves, Engomadeira e Estrada das Barreiras. Contra Fábio Maciel há um mandado de prisão em aberto por homicídio. Segundo as investigações, ele mantém uma forte influência nas comunidades onde atua, utilizando a violência e o controle rígido sobre o comércio de drogas para consolidar seu poder e eliminar rivais.

Jeovane de Almeida Oliveira, o ‘One’ ou ‘Paizão’

Jeovane de Almeida Oliveira ( Foto: Arquivos Mundial )

Jeovane de Almeida Oliveira, conhecido por vários apelidos, entre eles “One”, “Paizão” e “Homi”, é considerado um dos criminosos mais temidos no interior do estado. Ativo em Barra do Choça, ele é acusado de liderar uma organização criminosa que age com extrema violência e total controle sobre a região. Somente ele possui 12 mandados de prisão em aberto, sendo alguns deles por crimes como homicídio, ocultação de cadáveres, porte ilegal de armas, tráfico e associação para o tráfico, além de tortura.

De acordo com a SSP-BA, o grupo de Jeovane é responsável por instaurar uma espécie de “tribunal do crime”, onde membros de comunidades locais e rivais são julgados e sentenciados a torturas e execuções. Além disso, ele já teria feito ameaças contra membros do Judiciário e autoridades de segurança, sendo suspeito até mesmo de envolvimento em crimes contra agentes de segurança.

O Baralho do Crime: uma estratégia para envolver a população

Criado em 2011, o “Baralho do Crime” se tornou uma das principais ferramentas da SSP-BA para envolver a população no combate à criminalidade. O sistema utiliza o formato de cartas de baralho para apresentar informações sobre foragidos, atribuindo cada carta a um criminoso. Cada naipe representa um tipo específico de crime, e as cartas vão de números a figuras, com os criminosos mais perigosos atribuídos aos reis, damas e valetes.

A SSP-BA encoraja a população a fornecer informações sobre o paradeiro desses indivíduos por meio do Disque Denúncia, serviço de denúncia anônima que auxilia a polícia na captura de criminosos. “A sociedade desempenha um papel fundamental na luta contra o crime, e o Baralho do Crime é uma forma de facilitar essa parceria”, informou a SSP-BA.

Desde sua criação, o baralho já auxiliou na prisão de diversos criminosos que figuravam nas cartas, consolidando-se como uma das mais eficazes ferramentas de inteligência e segurança pública da Bahia.

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