No dia 27 de fevereiro de 2020, a vida de Lucivanea Lima da Silva mudou para sempre. Sua filha, Beatriz Andrade da Silva, uma jovem de 17 anos, foi brutalmente assassinada praticamente na porta de sua casa, no Tocantins, após sair com alguns amigos. A angústia de uma mãe preocupada transparece nas mensagens que Lucivanea enviou para sua filha momentos antes do terrível acontecimento: “Meu coração está apertado, toma cuidado”. Infelizmente, as palavras desesperadas de uma mãe não foram suficientes para evitar a tragédia.
O Assassinato
O assassinato de Beatriz Andrade ocorreu por volta das 21h30, e até hoje, quase três anos depois, sua mãe não teve respostas sobre quem matou sua filha e qual foi o motivo. Este caso representa apenas um dos muitos que permanecem sem solução nas estatísticas da Polícia Civil do Tocantins. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que a investigação continua em curso, mas o silêncio ensurdecedor do caso de Beatriz destaca a lenta resposta da justiça.
Os Últimos Momentos
O coração de Lucivanea já sentia um pressentimento sombrio naquela noite fatídica. Ela enviou mensagens preocupadas para sua filha, instando-a a voltar para casa após ouvir disparos nas proximidades. Os prints da tela do celular registram a última conversa entre mãe e filha:
Mãe: – Você não vai sair não né?
Filha: – Sim, mas vou dormir em casa. Vou esperar […] aqui na frente.
Mãe: – Meu coração está apertado, toma cuidado.
Mãe: – Acabaram de passar aqui atirando. Filha. Atende. Vem para casa.
Apesar dos tiros ouvidos pela mãe, o relatório policial surpreendentemente apontou que a jovem foi morta com golpes de capacete e facadas. Esse detalhe contraditório levanta questões sobre a qualidade da investigação e sobre o que realmente aconteceu naquela noite trágica.
Impunidade e a Dor de uma Mãe
A história de Beatriz Andrade da Silva é um lembrete sombrio de que a impunidade continua sendo uma realidade que assola muitas famílias. A dor de Lucivanea Lima da Silva é compartilhada por inúmeras outras mães e familiares de vítimas de crimes não resolvidos. Essas tragédias não apenas destroem vidas, mas também minam a confiança na justiça e no sistema de segurança pública.
O caso de Beatriz Andrade da Silva é um lembrete triste de que, apesar dos avanços na área de segurança e justiça, muitos crimes permanecem sem solução, deixando famílias em busca de respostas e justiça. A luta de Lucivanea Lima da Silva por respostas continua, e é um apelo para que a sociedade e as autoridades trabalhem juntas para garantir que casos como este não fiquem impunes. Enquanto isso, a memória de Beatriz permanece viva nas palavras de sua mãe, que nunca deixará de lamentar a perda de sua amada filha.