A técnica foi criada em 1874 pelo médico americano Andrew Taylor Still. Aqui no Brasil é considerada uma especialidade da Fisioterapia. A premissa consiste em avaliar todas as partes do corpo e, se uma das partes está restrita, as demais deverão sofrer compensações, levando a uma sobrecarga.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, as dores da coluna (cervical, torácica, lombar e sacral) são a segunda condição de saúde com maior prevalência no Brasil (13,5%), entre as patologias crônicas identificadas por algum médico ou profissional de saúde.
A Fisioterapia abrange métodos semelhantes ao da Osteopatia, mas o que diferencia uma especialidade da outra é o fato da particularidade de cada paciente, uma vez que os fisioterapeutas utilizam, a princípio, métodos padrões. Quando um indivíduo opta pela Osteopatia, percebe a exclusividade do tratamento – que vai além dos protocolos e das manipulações – considerando que as pessoas são diferentes e não podem receber a mesma terapia de outra, respeitando a individualidade de cada caso.
Sabemos que quando a cervical está com alguma disfunção, algum músculo que está espasmado, alguma disfunção neural, pode influenciar o ombro. Então, o profissional da área não trabalharia só olhando o ombro. Avaliamos a cervical, e é claro que vamos olhar o ombro porque essa região está com dor, mas vamos procurar a origem em outras regiões.
O papel da Osteopatia consiste em notar uma região que não tem movimento e promover mais movimento, para que, assim, o corpo esteja mexendo com mais harmonia, promovendo mais equilíbrio.
Porém, ainda, as pessoas costumam buscar o tratamento quando já estão com dor. Não há problema em procurar o osteopata quando a pessoa já está com dor, porque é uma forma eficiente de buscar um alívio. Mas o ideal é que se faça de forma preventiva. Imagina se uma pessoa nunca faz nada e ela tem uma contratura muscular a qualquer momento, descendo um degrau ou dando uma tropeçada, a musculatura já tencionou. Fazendo um preventivo, o osteopata sempre tem a possibilidade de acompanhar e soltar a tensão, deixando o corpo equilibrado. Porque se a pessoa tem uma contratura aqui, outra ali, daqui a pouco terá várias perturbações pelo corpo e, no decorrer dos dias, poderá ter uma dor generalizada”.
Se há indícios de algum problema, a recomendação é não protelar e buscar um tratamento com o osteopata. Sem remédios e sem cirurgia, mas com a finalidade de cuidar de cada paciente com as suas dores e problemas específicos.
*Luis Henrique Zafalon é fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante