A polícia de Itapetinga no sudoeste da Bahia, esta buscando um professor de teatro identificado como Osvaldo Barbosa, anteriormente empregado pela prefeitura da cidade, acusado de estuprar mais de 10 alunos, entre mulheres e homens . Três vítimas já formalizaram denúncias na delegacia da cidade, embora as investigações sugiram que o número de vítimas possa ser ainda maior.
As primeiras denúncias contra o professor surgiram em março deste ano, mencionando incidentes que teriam ocorrido entre 2016 e 2019. Os crimes foram classificados como violação sexual mediante fraude. Todas as vítimas até agora identificadas são adolescentes do sexo feminino, alunas do suspeito, cuja identidade não foi divulgada.
Segundo relatos, os abusos aconteceram durante exercícios de teatro denominados “laboratórios”, nos quais o professor orientava as alunas a se aprofundarem nos personagens. Os ensaios para as peças supostamente ocorriam na casa do suspeito.
Uma das vítimas, que optou por não se identificar, descreveu que os abusos aconteciam durante esses laboratórios, nos quais o professor insistia que aquelas sessões eram necessárias para o crescimento artístico. Segundo seu depoimento, essas sessões eram conduzidas em ambiente privado, apenas com o suspeito e a aluna.
O delegado Ney Brito, encarregado das investigações em Itapetinga, revelou que o professor prometia papéis principais em peças teatrais para as vítimas, usando essa promessa como estratégia para convencê-las a participar dos “laboratórios” realizados em sua residência.
Após a primeira denúncia em março, outras alegações surgiram nas redes sociais, elevando o número de vítimas para pelo menos 15 pessoas que afirmam terem sido abusadas pelo professor.
A investigação também apontou que alguns dos abusos ocorreram enquanto o suspeito trabalhava no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) de Nova Itapetinga, entre 2017 e 2020. A prefeitura, em comunicado, afirmou não ter conhecimento de condutas inadequadas durante esse período.
Em 2023, o professor foi recontratado pela prefeitura como orientador de idosos pela Secretaria de Desenvolvimento Social. No entanto, após a prefeitura ter conhecimento das denúncias em março deste ano, o professor foi desligado de suas funções.
O caso permanece sob investigação ativa, e a polícia solicita qualquer informação adicional da comunidade que possa ajudar nas investigações.