Um baiano morreu e 16 foram presos em operação policial no Rio de Janeiro

Ação policial nas comunidades do Alemão e da Penha deixa ao menos 130 mortos, segundo relatos locais; entre os baianos, 16 foram presos e um teve a morte confirmada.

Pelo menos 17 baianos suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas foram alvos da megaoperação policial realizada na cidade do Rio de Janeiro contra a facção criminosa Comando Vermelho. A ofensiva, que começou na madrugada de terça-feira (28), concentrou-se nas comunidades do Complexo do Alemão e da Penha, e já é considerada uma das mais letais da história recente da segurança pública fluminense.

Dos 17 baianos identificados, 16 foram presos e um teve a morte confirmada. O suspeito morto é Júlio Souza Silva, de 26 anos, natural de Salvador, com histórico de envolvimento com o tráfico na região do Nordeste de Amaralina.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Júlio cumpria pena em regime semiaberto e teria voltado a atuar no crime após deixar o sistema prisional.

A operação, que mobilizou centenas de agentes das forças estaduais e federais, já contabiliza oficialmente 58 mortos, conforme dados divulgados pelo Governo do Rio de Janeiro. No entanto, moradores das áreas afetadas relatam um número muito maior de vítimas.

De acordo com testemunhas, pelo menos 72 corpos foram retirados de uma área de mata e enfileirados em uma praça na Penha — mortes que não constam no balanço oficial, elevando o total para 130.

Entre os baianos presos estão figuras apontadas como líderes da facção em importantes territórios da Bahia, como Feira de Santana — segunda maior cidade do estado — e o bairro de Portão, em Salvador. As autoridades acreditam que a operação desarticulou parte significativa da rede de atuação interestadual do Comando Vermelho.

A ação segue em andamento e novas atualizações são esperadas nos próximos dias. Enquanto isso, cresce a pressão por esclarecimentos sobre o número real de mortos e as circunstâncias dos confrontos.