Polícia desmantela esquema de fraude em Vitória da Conquista
Golpistas prometiam falsas cartas de crédito para venda de imóveis e veículos a preços atrativos, enganando dezenas de vítimas na região.

Na manhã desta quarta-feira, 27 de março de 2025, a Polícia Civil da Bahia realizou a segunda fase da Operação Parker, que resultou na prisão em flagrante de oito pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de estelionato e associação criminosa.
A ação ocorreu no Multiplace, em Vitória da Conquista, onde dez vítimas estavam presentes no momento da abordagem policial.

As investigações estavam sob responsabilidade da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) de Vitória da Conquista, que já havia recebido cerca de 20 boletins de ocorrência relatando golpes aplicados pelo grupo.
A operação contou com o apoio da 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e da Diretoria de Polícia do Interior (Dirpin/Sudoeste).
O golpe da falsa carta de crédito contemplada


A quadrilha atuava aplicando um golpe relacionado a falsas cartas de crédito contempladas. Utilizando táticas sofisticadas de persuasão, os criminosos atraíam suas vítimas por meio de anúncios enganosos, prometendo veículos e imóveis a preços abaixo do mercado. O esquema funcionava da seguinte forma:
- Ofertas fraudulentas – Os suspeitos publicavam anúncios atrativos e, ao serem procurados, persuadiam os interessados a realizarem pagamentos antecipados.
- Convocação para fechamento do contrato – As vítimas eram chamadas até a sede da empresa para concluir a suposta negociação. Lá, eram convencidas da legitimidade do negócio.
- Contrato manipulador – Os documentos assinados continham cláusulas confusas que disfarçavam os pagamentos como “taxas administrativas”.
- Pressão para novos investimentos – Após o primeiro pagamento, as vítimas eram coagidas a desembolsar mais dinheiro sob a justificativa de que a contemplação não havia ocorrido.
- Negativa de reembolso – Quando as vítimas tentavam recuperar o dinheiro, os golpistas alegavam que os valores pagos não eram passíveis de devolução.
Os detidos responderão pelos crimes de estelionato e associação criminosa, previstos no Código Penal. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar possíveis novas vítimas e eventuais outros envolvidos no esquema.