Identificado pastor preso por assediar sete mulheres da Igreja Presbiteriana de Jequié

Pastor de Jequié é preso por assédio sexual e afastado da Igreja Presbiteriana

O pastor Marcelo Guimarães, da Igreja Presbiteriana de Jequié foi preso acusado de assédio sexual contra fiéis ( Foto: Arquivos Mundial )

O pastor Marcelo Guimarães, da Igreja Presbiteriana de Jequié, foi preso na última quarta-feira (03) por uma equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). A prisão ocorreu em cumprimento a um mandado após sete mulheres acusarem o religioso de assédio sexual, supostamente cometido com o uso de sua função no templo. O pastor foi afastado do púlpito e está proibido de frequentar a igreja até a conclusão do inquérito.

De acordo com a Polícia Civil de Jequié, Marcelo Guimarães, teria se aproveitado da confiança depositada pelas vítimas para enviar mensagens de conteúdo sexual, realizar carícias excessivas e fazer elogios impróprios. Além disso, o pastor relatava sonhos eróticos às vítimas e cometia atos inconvenientes em público.

Início das denúncias

As investigações começaram em dezembro de 2023, quando cinco mulheres denunciaram o pastor. Ao longo da apuração, outras duas vítimas surgiram, totalizando sete acusações. A Polícia Civil informou que, durante os cultos, o pastor realizava pregações que silenciavam as vítimas, gerando medo e inibição de denunciar os casos de assédio. As pregações reforçavam o machismo estrutural dentro da igreja, criando um ambiente hostil para as mulheres.

Impacto nas vítimas

Os relatos indicam que o assédio sexual teve efeitos devastadores nas vítimas, afetando-as emocionalmente, espiritualmente e socialmente. “As investigações indicaram que as ações do pastor causaram danos profundos nas vidas das vítimas,” afirmou a Polícia Civil.

Ação da polícia e posicionamento da igreja

Marcelo Guimarães foi encaminhado para a delegacia de Jequié, onde permanece à disposição da Justiça. A Associação de Pastores de Jequié emitiu uma nota repudiando os atos do pastor e informando que acompanhará de perto as investigações. “Estamos comprometidos com a verdade e a justiça, e não compactuamos com qualquer forma de abuso,” diz a nota.

A prisão de Marcelo Guimarães e seu afastamento do púlpito marcam um passo importante na busca por justiça para as vítimas. A Polícia Civil continua as investigações para assegurar que todas as denúncias sejam apuradas e que o caso tenha uma resolução justa.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *