Nesta terça-feira (7), a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA) deu início à implantação das Câmeras Corporais Operacionais (CCOs) nas fardas dos agentes das forças de segurança. Em uma coletiva de imprensa realizada pela manhã, o secretário Marcelo Werner, acompanhado pelos secretários de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, e da Promoção da Igualdade Racial, Ângela Guimarães, anunciou que os agentes das unidades da Polícia Militar (PMBA) serão os primeiros a utilizar a ferramenta, garantindo mais transparência e segurança tanto para os oficiais quanto para a população baiana.
Atualmente, o estado já conta com 1.300 câmeras, das quais 200 foram cedidas pelo Ministério da Justiça e 1.100 locadas pelo governo estadual. Na primeira etapa, 448 câmeras serão utilizadas em Companhias Independentes da Polícia Militar (CIPM) localizadas nos bairros de Pirajá (152 câmeras), Tancredo Neves (152) e Liberdade (144). Essa escolha foi feita com base em critérios técnicos, considerando unidades com maior número de atendimentos de ocorrência na capital.
O secretário Marcelo Werner ressaltou que as câmeras são um instrumento de transparência da ação policial, protegendo tanto os policiais quanto os cidadãos. Ele destacou que as câmeras também podem ser usadas como meio probatório, evitando falsas denúncias e esclarecendo situações envolvendo processos policiais.
A implementação das câmeras será gradual e, nas próximas fases, também contemplará as Polícias Civil e Técnica, além do Corpo de Bombeiros Militar. O projeto baiano é pioneiro no país ao implantar as câmeras corporais em todas as forças de segurança.
A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, afirmou que a Polícia Civil da Bahia é a segunda no Brasil a utilizar as câmeras, sendo que no Rio de Janeiro o uso ainda é embrionário. Ela explicou que as câmeras serão utilizadas durante o cumprimento de mandados de operação, busca e apreensão, fortalecendo a cadeia de custódia e robustecendo o elemento probatório em investigações.
A iniciativa representa um avanço significativo na segurança pública do estado, proporcionando maior transparência, segurança e eficácia no trabalho das forças de segurança da Bahia.