De acordo com dados obtidos através do Portal da Transparência do Registro Civil, o Brasil registrou um número alarmante de certidões de nascimento sem o nome do pai. Ao todo, foram mais de 110.716 registros feitos somente neste ano, destacando uma preocupante realidade.
A maioria desses registros, onde a figura paterna não está identificada, concentra-se nas regiões norte e nordeste do país. Essa tendência levanta questões sobre o reconhecimento da paternidade e as condições sociais que podem levar a essa situação.
O levantamento revela que, diariamente, quase 500 certidões de nascimento são emitidas sem a identificação do pai, o que representa uma preocupante estatística de paternidade não reconhecida, denominadas de “certidões com pai ausente”.
Os dados também apontam um aumento significativo nesse cenário, com um acréscimo de quase 5% em relação ao ano anterior. Dos mais de 1,6 milhão de nascimentos registrados em todo o país neste período, cerca de 6,8% entram na categoria das certidões com pai ausente.
Essa realidade levanta debates sobre políticas públicas de apoio à família, educação sexual e responsabilidade paterna. A ausência do nome do pai em uma certidão de nascimento pode ter impactos emocionais, sociais e legais significativos na vida da criança, reforçando a importância de promover a conscientização e o engajamento dos pais desde o início da gestação.