Mulher é Encontrada Morta Dentro de Geladeira: Ex-companheiro é Principal Suspeito
Ex-companheiro, acusado de feminicídio, cometeu crime na presença de filhos pequenos da vítima.
Na última segunda-feira uma jovem identificada como Myllena Vittória Garcia de Barros, de 23 anos, foi encontrada morta dentro de uma geladeira desligada, enrolada em um lençol, No bairro Senador Camará, no Rio de Janeiro. O principal suspeito do assassinato é o ex-companheiro da jovem, Marcos Vinícios Adrioza Farias, de 25 anos. O mototaxista é acusado de ter assassinado a ex-mulher na presença dos dois filhos pequenos do casal, de 4 e 2 anos.
Segundo Isaías de Assis, padrasto de Myllena, o relacionamento entre os dois foi marcado por violência e abuso.
“Ele era violento, possessivo e ameaçador”, declarou Isaías.
Ele conta que Myllena era agredida constantemente durante os cinco anos em que estiveram juntos, e que, após diversas tentativas de separação, a jovem decidiu colocar um ponto final definitivo há dois meses. Na tentativa de reconstruir sua vida, mudou-se para uma casa em Senador Camará com os filhos, mas o ex-companheiro não aceitou o término e começou a persegui-la.
Myllena trabalhava com bronzeamento artificial, tentando seguir com sua vida e criar um ambiente seguro para os filhos. Contudo, amigos e familiares relatam que Marcos continuava sendo uma presença ameaçadora. Ele era descrito como uma pessoa agressiva, que intimidava tanto a companheira quanto quem tentava ajudá-la.
O padrasto conta ainda que a cena do crime foi uma das mais chocantes que já presenciou.
“Meus netos viram tudo. Marcos matou a mãe na frente deles. Ele colocou o corpo na geladeira deitada como se fosse um baú”, relatou Isaías.
acrescentando que a casa estava coberta de sangue e os meninos traumatizados. Segundo ele, o filho mais velho não consegue dormir e repete em detalhes o que testemunhou.
O laudo do Instituto Médico-Legal (IML) revelou a brutalidade do ataque. O corpo de Myllena apresentava múltiplas perfurações de faca na cabeça, rosto, pescoço e tórax, além de marcas de agressão. Devido à desfiguração do rosto da jovem, o velório será realizado com o caixão fechado, uma decisão que Isaías explica como “necessária, para proteger a imagem de Myllena e preservar um pouco de dignidade para a família.”