A Polícia Civil finalizou a investigação sobre as acusações de estupro e importunação sexual contra o médico Antônio Mangabeira, na cidade de Itabuna, localizada no sul da Bahia. A informação foi confirmada pelo delegado Jansen Baeta, que conduziu o inquérito, nesta segunda-feira (2).
De acordo com as autoridades, o médico é suspeito de abusar sexualmente de 29 pacientes, levando à revisão da classificação legal do crime de estupro no caso. Os supostos abusos teriam ocorrido durante atendimentos na clínica particular OncoSul, situada no bairro Pontalzinho.
Mangabeira foi ouvido pela polícia em agosto, em um depoimento que durou aproximadamente duas horas e meia. Ao sair da delegacia, ele preferiu não conversar com a imprensa. O médico nega as acusações e está respondendo ao processo em liberdade.
O caso veio à tona após uma agente de saúde registrar uma queixa na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Itabuna, no dia 9 de julho. Além desta denúncia, o médico já havia sido acusado de importunação sexual em três outras ocasiões ao longo de 2023, todas relacionadas ao ambiente de trabalho.
Com a ampla repercussão, novas denúncias surgiram, levando mais mulheres a procurarem a Deam para acusar o médico. No total, a investigação apontou 29 vítimas, resultando na abertura de 28 inquéritos. Um dos casos uniu duas vítimas em um único inquérito, pois envolvia mãe e filha, com os supostos crimes ocorrendo no mesmo local e data.
Detalhes mais profundos da investigação não foram divulgados, pois o caso tramita sob sigilo judicial.
No dia 5 de agosto, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na clínica OncoSul, onde Mangabeira realizava atendimentos e onde teriam ocorrido os abusos. Segundo informações, pelo menos duas das denúncias se referem a atos cometidos em uma unidade de saúde pública da cidade.